Por que a coluna “trava”?

Por que a coluna “trava”?

A dor lombar é normalmente considerada uma dor, tensão ou rigidez muscular localizada abaixo do rebordo costal (costelas) e acima das pregas glúteas inferiores (nádegas), com ou sem ciática (dor que desce pela perna desde a parte inferior das costas). Estima-se que 80% da população mundial tenham ao menos um episódio desse problema ao longo da vida. No entanto, em alguns casos, a dor é tão forte que pode causar a famosa “travada”, impossibilitando a pessoa de se mover.

Mas, o que poucas pessoas sabem é que o “travamento da coluna” é uma resposta de defesa do nosso organismo, estabilizando a região lesionada através da contração muscular, impedindo o agravamento da lesão. Ou seja, é um sinal de alerta de que algo está errado e não deve ser ignorado. Quando a dor nas costas persiste por mais de 4 a 6 semanas, ela não é mais considerada apenas um sintoma, mas uma doença em si que é mantida por fatores que podem ser diferentes das causas iniciais.

A associação entre sintomas físicos, alterações degenerativas estruturais e patologias da coluna vertebral não é sempre evidente, e achados patológicos da coluna são observados em indivíduos sem qualquer sintoma de dor lombar. Por isso é importante não apenas ler os laudos de radiografias e ressonâncias magnéticas da coluna para fazer um diagnóstico do problema, mas sim fazer uma boa avaliação com especialista de coluna para correlacionar essas alterações de imagens e outros exames laboratoriais com os problemas físicos observados no consultório.

Na maior parte das vezes os problemas na coluna são passageiros, por sobrecarga mecânica e resolvem-se de forma natural. Mas, existem diversos problemas de saúde que simulam uma dor que parece ter origem na coluna vertebral. Muitas dores viscerais podem irradiar para região lombar, como a nefrolitíase (pedra nos rins), cistites (doenças inflamatórias, infecciosas na bexiga), doença inflamatória pélvica (infecções genitais), doenças inflamatórias intestinais (doença de cronh, retocolite ulcerativa, diverticulite), psoíte (inflamação ou infecção do músculo psoas), vírus como o Herpes Zoster, dentre outras patologias. Temos também uma infinidade de tipo de tumores malignos e benignos que podem afetar a coluna de forma primária (origem na coluna), ou secundária (origem em outro órgão, origem hematológica) causando metástases.

Além dessas possibilidades, temos os diagnósticos de patologias próprias da coluna como lesão dos discos intervertebrais, inflamações e degenerações facetárias, lesões ligamentares, doenças inflamatórias autoimunes e infecciosas, hérnias de disco, espondilolisteses, dores musculares, desequilíbrios sagitais e coronais da coluna que geram instabilidade, dentre outras causas mais raras.

Muitas vezes as pessoas iniciam o tratamento para dores na coluna de forma genérica, usando anti-inflamatórios, analgésicos, opioides, massagens, dentre outras técnicas. Porém, sem uma identificação correta da causa isso se torna perigoso, pois algumas patologias são graves e precisam de uma identificação precoce para um tratamento adequado. Como as causas são variadas, devem, necessariamente, ser investigadas por um especialista em coluna, pois não é possível realizar um tratamento assertivo sem um diagnóstico diferencial.

Portanto se você tem dor lombar que já dura mais de 4 semanas é importante investigar a etiologia antes de iniciar qualquer tratamento.

*Ano passado foram vários casos de pacientes com diagnóstico equivocado que estavam em tratamento há um bom tempo, me lembro de dois casos de pacientes com dor lombar e tumores malignos graves não identificados na avaliação inicial, além de um caso de herpes zoster que já estava em tratamento há 1 ano com diagnóstico errado.

 

Dr. Fernando Borge Teixeira

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