Artrose Facetária Cervical e Lombar

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A escoliose é uma deformidade da coluna caracterizada por curvaturas que alteram o posicionamento do tronco, determinadas pela rotação das vértebras. A deformidade pode ser identificada observando a pessoa de costas, verificando se a coluna apresenta um lado mais proeminente que o outro, diferença de altura dos ombros ou diferença de nível dos quadris. Esta condição não decorre de maus hábitos posturais, pelo contrário, é a própria curvatura da coluna provocada pela escoliose que em muitos casos é responsável pela má postura. Existem diversas origens para a ocorrência da escoliose, basicamente podemos dividir as causas em deformidades ósseas congênitas, neuromusculares, idiopáticas (sem causa bem definida), degenerativas, dolorosas e em alguns casos até mesmo psicogênicos. Cada tipo de escoliose ocorre em faixas etárias diferentes e por problemas de base diferentes. Para saber qual o tipo e o tratamento é fundamental a avaliação de um especialista de coluna, pois o tratamento muda conforme a idade, velocidade de crescimento, doença de base e o ângulo de curvatura das vértebras. Se identificado no início e feito o acompanhamento, as chances de sucesso no tratamento são muito boas, evitando cirurgias mais complexas no futuro.
A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto. Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, parte deles sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna. O problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. Portanto, a Hérnia de Disco ocorre quando um disco intervertebral se rompe deixando o conteúdo interno gelatinoso extravasar, causando inflamação e algumas vezes compressão dos nervos que passam próximos ao disco. A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante. Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: Parestesia (formigamento) com ou sem dor; Dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço.
A estenose é o estreitamento do canal vertebral, diminuindo o espaço de passagem dos nervos e causando dores na coluna e nos membros, além de alterações neurológicas como perda de força e diminuição da sensibilidade. Os tratamentos podem ser conservadores (com infiltração, rizotomia, medicações e reabilitação) ou cirúrgicos, dependendo da evolução do quadro. Várias técnicas de descompressão diretas e indiretas são usadas para ampliar o canal vertebral e tratar o estreitamento do canal. Dentre estas, estão: laminectomias, foraminotomias, ALIF, OLIF, XLIF. Em algumas situações de instabilidade dinâmica as artrodeses podem ser necessárias.
As articulações facetarias conectam as vértebras em sua região posterior. Estas articulações, como muitas outras em nosso corpo, são revestidas por uma cartilagem que promove o movimento suave entre as suas partes, sendo protegida por uma cápsula. A função destas articulações é de proporcionar estabilidade, mobilidade e suporte para a coluna. A artrose facetaria ocorre quando a articulação se degenera. Embora possa ocorrer em toda a coluna, tem maior frequência na região lombar (parte inferior da coluna). A cartilagem começa a degenerar pelo envelhecimento ou traumas. Outra possível causa da artrose facetária é espondilolistese (deslizamento de uma vértebra sobre a outra) situação em que se sobrecarrega a articulação facetaria.
A coluna vertebral é a região em que mais frequentemente se localizam os tumores que afetam o esqueleto. Destes tumores, os mais encontrados são as metástases. Somente 5% deles são tumores primários (benignos e malignos) do esqueleto. Os tumores da coluna vertebral podem ser de difícil diagnóstico, simulando outras patologias como fraturas osteoporóticas, infecções e artrite inflamatória. Os tratamentos envolvem técnicas de descompressão, artrodese da coluna e dependendo do tipo do tumor a utilização das vias anteriores e posteriores para fixação.
O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano. Ele se origina de diversas raízes nervosas que saem do final da coluna lombar, mais precisamente das raízes de L4, L5, S1, S2, S3. Ele é responsável por controlar os movimentos do quadril, joelho e tornozelo através dos músculos inervados por essas raízes nervosas. Uma compressão no trajeto do nervo ciático ou em algumas de suas raízes pode causar alterações de sensibilidade e dor irradiada para a perna, a conhecida dor ciática. A causa mais comum de dor no trajeto do ciático é a hérnia de disco lombar (disco rompe e libera o seu conteúdo gelatinoso comprimindo a raiz nervosa). Outra causa menos frequente de compressão do nervo ciático é a compressão pelo músculo piriforme que fica na região do glúteo. Entre os sintomas mais comuns estão: dor irradiada para perna em forma de choque, dor lombar, dor no glúteo, alteração de sensibilidade da perna ou pé, diminuição da força na perna ou pé.
Na anatomia normal da coluna, as vértebras se dispõe verticalmente uma sobre as outra, tendo como apoio as articulações facetárias posteriores e o disco intervertebral como suporte de peso anterior. A espondidolistese ocorre quando uma vértebra desliza em relação às demais, comprimindo os nervos próximos e causando instabilidade e excesso de carga cisalhante nos discos intervertebrais. Os sintomas de espondilolistese, geralmente, estão relacionados ao grau de escorregamento vertebral. Os mais comuns são dor lombar, deformidades (desvios posturais) e compressão nervosa (dor no trajeto do nervo ciático, choque, formigamento e perda de força). Existem classificações para a quantidade e o tipo de escorregamento. Em pacientes que apresentam sintomas, essas classificações auxiliam o médico especialista em coluna no planejamento do tratamento mais apropriado.
A coluna também pode ser foco de infecção, os patógenos podem chegar à coluna por diversos modos: por contiguidade, por via hematogênica ou como complicações de cirurgias pregressas. Algumas doenças como tuberculose podem afetar as vértebras e necessitar de tratamento. O importante é realizar um bom exame clínico e estudo complementar para definir os agentes infecciosos. Os tratamentos podem ser medicamentosos (antibióticos), associado ou não à drenagem e limpeza cirúrgica aberta. Em certos casos com deformidades e instabilidades é necessário a correção com artrodeses da coluna.
As fraturas da coluna apresentam ampla variedade de tipos de lesões e podem ocorrer desde a coluna cervical até o sacro. Os mecanismos de trauma variam de leves, como quedas em idosos com osteoporose, até graves, como acidentes no trânsito. Muitas vezes as fraturas podem causar lesões neurológicas irreversíveis. Os sintomas irão depender basicamente do tipo de fratura e da gravidade da lesão. Entre as mais conhecidas estão: Dor aguda na região da fratura ou que irradia no trajeto de um nervo; Piora da dor ao ficar em pé ou sentado por longo período; Dormências ou formigamentos em algum membro; Fraqueza em algum membro; Problemas urinários/fecais (incontinência, retenção). A dor é o sintoma principal e, muitas vezes, o único sintoma em fraturas benignas e estáveis. Pode haver algum inchaço e edema local nas costas. Ao realizar movimentos de flexão e torção do tronco, geralmente há piora do quadro doloroso.
A osteoporose é uma patologia óssea metabólica que ocorre comumente em idosos, deve-se ao desequilíbrio dos mecanismos de formação e reabsorção óssea, levando à uma diminuição da densidade óssea e consequentemente da resistência óssea. Isso ocorre em geral devido às alterações hormonais, mudanças no metabolismo, diminuição das atividades físicas e falta de vitamina D. As fraturas da coluna vertebral por osteoporose são muito comuns, porém são subdiagnosticadas. Algumas vezes os pacientes têm poucos sintomas iniciais e as radiografias simples não conseguem identificá-las. As fraturas osteoporóticas da coluna se não tratadas precocemente e de forma adequada podem piorar, causando colapso do corpo vertebral e deformidade torácica com cifose e desequilíbrio da coluna. Portanto, é importante procurar um especialista de coluna para uma avaliação adequada.
Doença degenerativa do disco (DDD) é parte do processo natural de envelhecimento. À medida que envelhecemos, os nossos discos intervertebrais perdem sua flexibilidade, elasticidade e características de absorção de choque. As fibras exteriores que cercam o disco, chamado de anel fibroso, tornam-se frágeis e são mais facilmente rasgadas. Ao mesmo tempo, o centro de gel macio do disco, chamado o núcleo pulposo, começa a secar e encolher. A combinação de dano para os discos intervertebrais, o desenvolvimento de osteófitos e o espessamento gradual dos ligamentos que suportam a coluna vertebral podem contribuir para a artrite degenerativa da espinha lombar. Até certo ponto, esse processo acontece com todos nós. Como a nossa pele, o disco intervertebral é liso e hidratado quando nascemos. A medida que os anos passam, pequenas marcas surgem na estrutura do disco e progressivamente ele se torna ressecado, a exemplo das rugas que surgem em nossa pele. No entanto, nem todo mundo que tem alterações degenerativas na coluna lombar tem ou vai desenvolver dor. Muitas pessoas que são assintomáticas tem ressonâncias que apresentam hérnia discal, alterações degenerativas da coluna vertebral e canais estreitos. Cada paciente é diferente e é importante perceber que nem todas as pessoas desenvolvem sintomas como resultado de uma doença degenerativa do disco.
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