Você sabia? O excesso de peso é fator de risco para os problemas na coluna

Você sabia? O excesso de peso é fator de risco para os problemas na coluna

Cerca de um terço da população mundial está acima do peso. Estima-se que em 2030 quase 40% da população adulta do mundo estará acima do peso e 20% será considerada obesa. A obesidade é uma doença complexa, multifatorial e evitável. A medida da obesidade hoje é padronizada por meio do uso do índice de massa corporal (IMC), uma relação entre o peso de um indivíduo e a altura. O IMC é calculado a partir do peso dividido pelo quadrado da altura corporal (kg / m2). O número resultante pode ser agrupado em diferentes escalas de obesidade. Quando o IMC é 30, os adultos são classificados como obesos.

Indivíduos obesos estão em risco de desenvolver um amplo espectro de patologias crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e desordens musculoesqueléticas, bem como problemas na coluna. O peso corporal, um importante fator relacionado à carga na coluna, tem sido associado com muitos sinais da doença degenerativa do disco lombar, incluindo a perda de altura e a desidratação dos discos intervertebrais.
Apesar disso não é somente a obesidade e sobrepeso que determinam se um paciente apresentará dor lombar e doenças degenerativas do disco lombar. Existem fatores genéticos e ambientais que somados à obesidade podem contribuir com a dor lombar.

Fatores genéticos ainda não muito bem determinados, além de contribuir para a obesidade, facilitam o processo degenerativo da coluna. Além disso, a musculatura do core lombar enfraquecida pode gerar instabilidades. Trabalhos pesados, com movimentos repetitivos e carga exagerada também podem contribuir para a aceleração do processo degenerativo e causar lombalgia.

A dieta para perder peso é o primeiro passo para o tratamento da obesidade, deve ser acompanhado por um nutricionista para um resultado satisfatório e duradouro. Apesar disso, é um grande desafio para as pessoas, que muitas vezes não conseguem obter o resultado esperado ou não conseguem manter o peso após a dieta. Na verdade, em alguns casos, é necessário uma mudança radical no estilo de vida para conseguir manter o peso adequado.

A cirurgia bariátrica é uma opção em pacientes gravemente obesos, e pode diminuir o risco de doença cardiovascular, diabetes tipo 2, osteoartrite, depressão, várias formas de câncer e muitas outras doenças sistêmicas. Além disso, pode colaborar a longo prazo para diminuir a intensidade dos sintomas lombares e outros problemas degenerativos do disco e articulações facetarias.

Curiosamente, algumas pessoas após a cirurgia bariátrica sentem dor lombar. Isso ocorre provavelmente pela diminuição da pressão intra-abdominal com a diminuição do peso corporal resultando em inclinação para frente e cifose, o que pode resultar em lombalgia e radiculopatia por desequilíbrio da coluna.

As indicações para cirurgia bariátrica variam entre regiões e práticas, mas um IMC 40 sem comorbidades ou IMC 35 com pelo menos uma comorbidade relacionada à obesidade (por exemplo, hipertensão, diabetes, doença hepática gordurosa não alcoólica, osteoartrite ou doença cardíaca) classifica um paciente como obeso mórbido e geralmente é uma indicação aceita para cirurgia bariátrica após o fracasso das medidas conservadoras de perda de peso.

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